O empreendedorismo ambiental tem ganhado espaço nos debates sobre desenvolvimento sustentável. Empresas que investem na redução dos impactos ambientais e buscam novas formas de produzir e oferecer seus produtos têm mais espaço na lembrança do consumidor. De acordo com uma pesquisa global realizada pela FleishmanHillard, foi revelado que 70% dos compradores entrevistados já dão preferência para marcas e empresas que gerem efeitos positivos no meio ambiente e sociedade.
Enquanto uma verdadeira corrida para se adequar às novas exigências é travada entre quem já tem anos de mercado, empreendedores inovadores já entenderam que é possível fazer da sustentabilidade um dos pilares de um negócio rentável.
No artigo de hoje, você vai entender melhor o que caracteriza, de fato, o empreendedorismo social e quais as ações que você pode tomar para empreender orientado à sustentabilidade.
O que define o empreendedorismo social?
Embora muitas vezes seja confundido com filantropia, o empreendedorismo ambiental, assim como o social, também visa o lucro. A diferença é que os resultados vindos da venda dos produtos está intimamente ligado à ideia de preservação e não agressão ao ecossistema pertencente. Isso faz com que a renda gerada tenha foco no desenvolvimento do próprio negócio, não visando o enriquecimento pessoal dos sócios.
Para ser considerada uma iniciativa de empreendedorismo social, a empresa precisa:
- produzir de forma a gerar economia dos recursos naturais utilizados;
- estar em consonância com normas e políticas ambientais globais;
- promover ações de desenvolvimento social.
Esse movimento em prol da sustentabilidade é um claro reflexo de uma demanda dos consumidores, muito mais preocupados com questões ambientais e com ciência do impacto que suas escolhas têm sobre o mundo em que vivemos. Percebe-se uma mudança nos hábitos e também naquilo que se considera importante para escolher uma empresa em detrimento de outra.
Uma pesquisa intitulada “Panorama do Consumo Consciente no Brasil: desafios, barreiras e motivações”, realizada pela organização não governamental Akatu, mostrou que o número de pessoas que aplicam atitudes sustentáveis no seu dia a dia aumentou. Em 2012, 32% dos entrevistados disseram adotar ao menos cinco práticas sustentáveis, enquanto em 2018 o percentual subiu para 38% (com base nas respostas de 1.090 entrevistados).
Outra pesquisa que revela como a consciência ambiental aplicada no consumo está cada vez mais em voga na hora de comprar, foi realizada pela empresa global Nielsen Media Research. O estudo “Estilos de Vida 2019” apresentou os seguintes resultados após ouvir mais de 21 mil brasileiros:
- 42% tem mudado os hábitos de consumo para diminuir o impacto sobre o meio ambiente;
- 58% não compram produtos de empresas que ainda realizam testes em animais;
- 30% está mais atento aos ingredientes contidos nos produtos.
Mesmo para quem já tem uma iniciativa empreendedora consolidada, o caminho da sustentabilidade também é viável e várias organizações brasileiras já vêm mostrando resultados a partir de ações focadas na sustentabilidade. A Natura, por exemplo, hoje é considerada uma das 15 empresas mais sustentáveis do mundo de acordo com o ranking da agência de mídia e pesquisa Corporate Knights.
Como fazer parte do empreendedorismo ambiental
O empreendedorismo ambiental não precisa, necessariamente, comercializar produtos ou serviços totalmente voltados ao meio ambiente. É possível adotar uma postura ecologicamente responsável em qualquer segmento. Se você está à procura de ações que direcionem o seu negócio para um foco maior na preservação dos recursos, você encontra algumas dicas que podem ajudar logo abaixo. Agora, se você está pensando em montar um negócio, a dica é: nasça sustentável!
1. Sustentabilidade não é discurso
Diante de tantos números que provam a importância que o consumidores têm dado às ações ambientais, não é de se admirar que este assunto esteja na boca de muitos CEOs e diretores. Mas, cabe o aviso: apenas o discurso não sustenta o empreendedorismo ambiental.
É preciso estar verdadeiramente engajado na questão e tomar o princípio ambiental como foco de toda a cadeia produtiva. Desenvolver ações junto às comunidades onde o negócio está inserido em busca de novas soluções também mostra o comprometimento com as causas sociais.
2. Cultura ambiental
O mesmo acontece com a cultura organizacional. De nada adianta desenvolver ações ambientais se a sede do negócio tem conta de luz cada vez mais alta e milhares de folhas de papel são descartadas todos os meses. Para que o negócio tenha o foco na sustentabilidade, todos que atuam nele precisam estar engajados na causa.
Mudar esta questão passa por rever muitos dos processos organizacionais. Talvez sejam necessárias mudanças nos hábitos de todos e também na logística de distribuição, a fim de diminuir a emissão de gases poluentes. O empreendedorismo ambiental propõe que seja feita uma mudança definitiva, especialmente, na parte interna do negócio.
3. Ouça
Parece uma dica estranha sobre como implementar o empreendedorismo ambiental, certo? Mas, na verdade, ouvir é um gesto que pode ajudar, e muito, o desenvolvimento do negócio. Colaboradores, consumidores, fornecedores, comunidade e exemplos de negócios sustentáveis podem fornecer insights interessantes para novas políticas e ações voltadas à preservação e recuperação ambiental.
Ainda neste sentido, vale ressaltar a importância de se manter atualizado sobre os debates que acompanham o assunto. O Fórum Econômico Mundial deste ano é um bom exemplo, uma vez que as principais lideranças mundiais trataram exaustivamente sobre o futuro da economia em um cenário com recursos naturais cada vez mais escassos. Permanecer aberto às tendências e inovações no sentido ambiental permite que o seu negócio esteja sempre um passo à frente.
Definitivamente, pensar o aspecto ambiental, ter noção dos impactos que o negócio gera sobre o meio ambiente e propor soluções que aliam a lucratividade e a preservação já não é mais opcional às organizações. É crucial para se manter vivo no mercado. O empreendedorismo ambiental vem para mostrar que é, sim, possível se destacar por ações positivas e obter lucro de forma sustentável.
Tanto para líderes que pensam em voltar o foco para o sustentável, quanto para quem está se preparando para ingressar nesse segmento, a busca por aperfeiçoamento deve ser constante. Afinal, a gestão de um negócio envolve o aprimoramento de muitas habilidades, tanto operacionais quanto humanas.
Buscar por treinamento especializado está entre as ações que podem ser adotadas para exercer uma liderança assertiva, com foco no desenvolvimento humano, social e ecológico. A Dale Carnegie já conduziu treinamentos e capacitações nos cinco continentes sendo que, especialmente no Brasil, já orientou uma série de projetos voltados ao empreendedorismo ambiental.
E então, está pronto para colocar o empreendedorismo ambiental em prática também no seu negócio? Envie uma mensagem para nós e saiba mais sobre os projetos que ajudamos a construir.
Parabéns pelo artigo, agrega grandes conhecimentos.